Festa dos Solteiros

Hoje, dia dos Namorados que bonitinho! O Capitalismo concerteza adora essa época né, já que tem um onte de babacas, gastando uma grana, para dar presente para seus/suas namorados(as), que mal sabem que ambos são cornos!

E para nós privilegiados pela encalhadiçe ( uouu) por opção, que tal curtir uma festinha?
Anotem ai e não percam !

SALINAS - SABÁDO 12 DE JUNHO

NOSSA POESIA - pagode
SEM RUMO - pagode e micareta

NOS INTERVALOS: Electro, black, sertanejo e funk

Com nome na lista: MULHER VIP
HOMEM 15 OU 25 CONS.

End: Rua quatá, 460 - Vila Olimpia - São Paulo - SP

Obs. Aniversariante do mês + 1 acompanhante vip

Informações e lista para: salinas.sabado@iceeventos.com.br


quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Terra da Felicidade

Capítulo I

O Quadro


...Eram três da madrugada, o vento ainda soprava forte, por aquela janela velha. Tudo continuava escuro e estável, o frio cortante penetrava na minha pele e atravessava minh’alma de uma maneira que me fazia sentir uma dor profunda e gritante. O silêncio profundo persistia naquele lugar, e por mais que eu quisesse gritar uma força maior me segurava e sufocava minha voz. Nada era diferente das noites anteriores, a não ser aquele quadro moldurado com um material tão velho quanto madeira, havia uma pintura acima que não conseguia descrever a cor, mas cada detalhe era como se fosse feito por mãos delicadas, mas ao mesmo tempo grosseiras. O vidro que o cobria refletia uma imagem borrada, que insistia em fixar-se em mim. Um rosto coberto pela sujeira que devia ter o estar ali por muito tempo, e que já não era possível descrever. Porém havia algo nele que me prendia, dois olhos graúdos de uma beleza impecável e sensível, ao certo não sabia se eram femininos ou não, mas eram como heroína para minha mente, e todas as vezes que tentava me aprofundar no seu abismo negro, aquela adaga que não sabia de onde vinha penetrava no meu cérebro e o esmagava com tanta prazer, que sentia uma necessidade imensa de morrer. Enquanto insistia para o sono dominar-me, o vento soprava agora com tal violência que consegui derrubar todas as estatuetas antigas que achará junto ao baú, onde havia o quadro. “Droga” – Era inacreditável que nem naquela noite, nem naquela velha casa eu conseguiria ao menos entrar no meu mundo inconsciente e partir pelo menos algumas horas. Levantei com fúria, e recolhi aquelas velharias do meu chão. “Droga novamente”- Não era possível que somente aquelas peças poderiam liberar tantos cactos no meu assoalho antigo e desagradável. Ainda sim ele ainda olhava pra mim, ou ela. Era impossível desviar - me e não notá-lo na parede branca na minha frente, era como se cada vez que eu fugisse de sua imagem, ele se aproximasse com frieza e insistência.
Um dia frio, um momento pra pensar, era tudo o que eu queria naquela manhã infernal; mas nada era possível quando se tinha uma imensidão de coisas pra arrumar. Havia apenas um dia e uma noite que estava ali, mas era como uma eternidade inteira, impossível de explicar aquela sensação de apreço, mas existirá algo ali que me fazia pertencer aquele lugar, cada canto, cada móvel velho empoeirado. Todos os sinais de uma vida passada se encontrava ali, entretanto era difícil decifrar cada sensação, cada pedaçinho em que encontrava-me. Depois de uma tarde inteira de dedicação imparcial aquela nojeira, me dispus ao meu quarto. Não queria momento algum pensar em nada, será que é possível?

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